terça-feira, 26 de junho de 2012

Metric: Synthetica (2012)

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Entre as diversas bandas que fazem esta blogueira sair cantando e saltitando por aí está a que é o objeto desta postagem: Metric. Ultrapassando a barreira do hype, o grupo canadense lança o seu quinto álbum, Synthetica, e completa 10 anos de carreira com o status de banda consolidada no ramo independente. O novo cd é sucessor de Fantasies, lançado há três anos.

Após cinco discos, é possível afirmar que o Metric é especialista em lançar músicas-hino-do-ano, como já fez com Help I’m Alive, Monster Hospital, Combat Baby, Succexy e Grow up and Blow Away. Em Synthetica, a aposta é a faixa Youth Without Youth, música que já ganhou um videoclipe de estreia. Críticas ao esvaziamento da vida moderna, referências aos horrores das guerras, sintetizadores e riffs grudentos continuam na fórmula de sucesso do Metric neste disco produzido pelo próprio guitarrista da banda, Jimmy Shaw.





Outro destaque é a participação de ninguém menos que Lou Reed, na música The Wanderlust, cantando em parceria com Emily Haines. Na ocasião do lançamento virtual de  Synthetica , no início de junho, Lou fez questão de divulgar em sua fan page fotos e links da canção. Lou loves the indies!


**Ah, eles disponibilizaram todo o disco no soundcloud, mas já adianto tudo aqui no Donnut Selvagem para vocês.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Drive (Original Motion Picture Soundtrack), Cliff Martinez


por Milla Oliveira

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"Eu te dou cinco minutos quando chegarmos lá. Qualquer coisa que acontecer nesses cinco minutos, eu sou seu. Qualquer minuto antes ou depois e você está por sua conta. Eu não participo do serviço e não carrego uma arma. Eu dirijo."


Quando o personagem de Ryan Gosling, protagonista  de Drive (2011), surge na tela com um escorpião gravado nas costas de uma jaqueta prateada não há quem não sinta o climão dos anos 80 durante o seu caminhar misterioso. A responsabilidade por este feito é de Cliff Martinez, ex-baterista do Red Hot Chilli Peppers e organizador da trilha sonora de Drive, longa metragem dirigido por Nicholas Winding Refn e lançado este ano no Brasil.

Apesar de ter composto 14 das 19 faixas da trilha, Martinez contou com a presença de  Lovefoxxx ( a mesma do CSS, porém em versão mais sóbria), Kavinsky, Desire, College, Electric Youth e The Cromatics, artistas de várias partes do mundo representantes das novas safras de compositores de música eletrônica. O synthpop é o sub-gênero que representa a alma deste soundtrack, cortado  por uma canção antiga dos italianos Riz Ortolani e Katyna Ranieri.




O filme


O longa se passa em Los Angeles e conta a história de um motorista que trabalha em assaltos e é também dublê em filmes de Hollywood. O protagonista apaixona-se pela vizinha e se sente obrigado a ajudar seu marido, um ex-presidiário, em um assalto. De tão sombrio, misterioso e calado,  não se descobre quase nada sobre sua vida durante todo o filme, nem mesmo o seu nome. Aí  entra o peso da trilha de Cliff Martinez, que em diversas cenas faz as vezes da fala do personagem.





O disco tem um pecado: depois da faixa de número cinco tem-se uma sequência de ruídos – sim, eles formam quase a metade do CD -  que seguem até a última canção, fazendo com que as ótimas composições anteriores deixem saudades e valham cada repeteco no player.



terça-feira, 8 de maio de 2012

Disco: “Boys & Girls”, Alabama Shakes



                                                                                                       Por: Milla Oliveira

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Se as divas Nina Simone e Etta James estivessem ainda entre nós, certamente seriam admiradoras do talento de Brittany Howard , vocalista de uma das  bandas revelação do ano, os Alabama Shakes. O primeiro disco do quarteto norte-americano, Boys & Girls, já lidera o primeiro ranking de vendas em lojas de música independente do mundo inteiro, o Official Record Store Chart, que tem em sua lista artistas como Adele, Lana Del Rey e The Black Keys - todos desbancados pelo disco de estreia da banda de Brittany Howard.

Tudo bem que reviver a era das grandes divas já não é nenhuma novidade depois de Amy Winehouse e Cia, mas os Alabama Shakes têm algo mais a declarar. A voz de Brittany é angustiada e cheia de saudades como a de qualquer diva do gênero, mas o som representa um mix de rock’n roll das décadas de 1960 e 1970 com a musicalidade negra norte-americana. Ah, a garota toca guitarra, é negra, usa óculos e gosta de Led Zeppelin e AC/DC.


Sucesso

O sucesso começou no final do ano passado, quando o vocalista dos Artic Monkeys ouviu o som pela primeira vez e deu a dica para a revista inglesa NME, que resenhou sobre a banda e convidou-a para tocar no mini festival organizado anualmente pela publicação, o NME Awards Tour. A fanpage da banda bombou, a gravadora ATO Records se interessou, o disco foi gravado e vazou na internet antes mesmo de ser lançado, algo nem tão extraordinário para o esquema atual de distribuição fonográfica.

Boys & Girls tem 12 músicas e se divide em três partes. A primeira é a mais feel good do disco e  compreende as quatro primeiras músicas, da explosiva Hold On até Rise to Sun, canção que faz a transição perfeita para a segunda etapa, bem mais “chorosa” que a primeira. Depois, a partir de Be Mine, o álbum ganha perfume de rock’n roll e tem seu final coroado pelo twist bem alto astral da faixa Heavy Chevy. Um disco bom para curtir em vários momentos diferentes, seja em um esquente com os amigos, na festinha ou em uma fossa bem emo (para quem gosta, é claro).